A psiquiatra e diretora técnica do Complexo Juliano Moreira, Camilla Franca, fez um alerta sobre a questão do suicídio. Durante entrevista ao jornalista Fernando Braz, do Sistema Arapuan de Comunicação, nesta terça-feira, (10), ela falou da importância do dia 10 de setembro, dia mundial da prevenção ao suicídio.
“Setembro amarelo é mais do que um mês de conscientização, é um convite à reflexão sobre a vida, sobre o que realmente importa. Em um mundo onde tantas vozes se perdem na correria do dia a dia, é essencial lembrar que a dor emocional, embora invisível, é tão real quanto qualquer ferida física e muitas vezes essa dor é carregada em silêncio, em olhares vazios, em sorrisos forçados”, destacou.
De acordo com ela, é nesse contexto que o setembro amarelo surge como um farol de esperança, iluminando caminhos para aqueles que, em meio à escuridão, buscam a saída. “Os números são alarmantes, a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida do mundo. No Brasil, os. Suicídio é a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Esses dados da Organização Mundial da Saúde nos fazem perceber a urgência de falar sobre o assunto, de quebrar a tabus, de oferecer ajuda.
“ Estamos numa verdadeira pandemia de saúde mental, mas, mais do que números, estamos falando de vidas, de histórias interrompidas, de sonhos desfeitos, de famílias despedaçadas pela dor de uma perda irreparável. Setembro Amarelo nos lembra que cada dia, cada vida é preciosa, cada pessoa importa e que, muitas vezes, um simples gesto de empatia pode salvar uma vida. Neste mês, somos chamados a abrir os olhos, a enxergar o outro, a ouvir com coração, a oferecer um ombro amigo, uma palavra de conforto, a estender a mão. Porque, no final das contas, todos nós enfrentamos batalhas internas, mas juntos podemos tornar essas batalhas menos solitárias. Que o setembro amarelo nos expira a ser luz na vida daqueles que estão em busca de um caminho, a ser voz para aqueles que perderam as palavras e a ser esperança para quem não vê mais uma saída. Porque viver é um direito de todos e cada vida vale a pena a ser vivida”, finalizou.
Sobre Camilla Franca: Possui residência Médica em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina Nova Esperança. Atualmente é Diretora Técnica – Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira (CPJM), Preceptora de Psiquiatria da Afya/PB e da Faculdade de Medicina Nova Esperança (FAMENE), Médica Perita do Tribunal Federal da 5 Região, Médica Perita do NATJUS/PB.
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