A Prefeitura de Baía da Traição participou, nessa terça-feira (28), da primeira reunião promovida pelo Painel Científico do Programa Estratégico de Estruturas Artificiais Marinhas (Preamar-PB), cujo objetivo é iniciar os trabalhos de prevenção e mitigação dos impactos da erosão costeira no litoral paraibano, com atenção especial para a orla do município.
Durante o encontro, que ocorreu na sede do Ministério Público Federal (MPF), em João Pessoa, e contou com a presença de representantes de diversas instituições, incluindo o procurador da República João Raphael Lima, a gestão se comprometeu em executar as ações necessárias para resguardar a faixa litorânea e garantir a solução para o problema que hoje atinge vários municípios do país.
Com a iniciativa, a prefeitura quer possibilitar a tranquilidade necessária para moradores e turistas, garantindo o aquecimento da economia, principalmente no setor do turismo.
Já a secretária de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Isis Rafaela Rodrigues da Silva, presidente do painel científico, expressou otimismo com o início dos trabalhos e destacou a importância da colaboração entre os diversos órgãos envolvidos. Destacou ainda que os estudos em andamento são os mais robustos que existem na área no Brasil.
A pauta principal do encontro incluiu a apresentação, feita por professores doutores, de nota técnica contendo análise de risco e soluções científicas emergenciais, de médio e longo prazo, para amenizar a erosão nas praias da Baía da Traição.
Ações propostas
Entre as medidas de mitigação está a de salvaguardar a integridade da rodovia estadual (PB-008) que corta o município e o manancial de abastecimento d’água. Como medida emergencial foi apontada a solução do enrocamento, ou seja, a colocação de blocos de pedra, ao longo dos trechos onde o mar ameaça a estrada. Uma solução temporária, de baixo custo e fácil execução, até que se avance nos estudos já iniciados. A calçada e o passeio devem ser revitalizados, retirando as construções danificadas.
Para dissipar a energia das ondas que adentram na baía, a solução técnica apontada é a construção de quebra-mares arqueados e submersos dentro da baía além do extremo da barreira de recifes costeiros. Os quebra-mares devem ser implantados, inicialmente, com base na utilização de blocos de recifes artificiais.
O documento reforça que qualquer outra medida estruturante a ser implementada junto à orla deve estar pautadas num diagnóstico aprofundado, tal como o que será realizado pelo PREAMAR ao longo de 2025, explicou o Coordenador do Programa Estratégico de Estruturas Artificiais Marinhas, professor Cláudio Dybas. .
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