A época de fim está chegando e o comércio se prepara para receber a alta demanda de consumidores que pretendem movimentar o setor nos próximos dias. Segundo dados divulgados pela Fecomércio, em 2023, 65,96% dos paraibanos pretendem presentear no Natal, número superior em 1,41p.p. se comparado ao apontado no mesmo período do ano passado, quando a intenção de presentear atingiu o percentual de 64,55%. Para o Presidente da Fecomércio, José Marconi Medeiros, “esta alta pode ser atribuída, em parte, ao aumento do nível de emprego com carteira assinada e aumento da renda média real do trabalhador, destaca. “Além desses fatores, os empresários estão estimulando as vendas com promoções e facilidades no pagamento”. Os dados foram coletados pelo Instituto de Planejamento, Estatística e Desenvolvimento da Paraíba (INDEP), da Fecomércio, e divulgados na Pesquisa de Intenção de Compras para as Festas de Fim de Ano na Região Metropolitana de João Pessoa.
Esta pesquisa é relevante para o setor pois aponta os anseios, intenções e condições financeiras dos consumidores paraibanos, para então fornecer aos empresários do comércio e serviços subsídios importantes que possam norteá-los com mais segurança em seus planejamentos e, consequentemente, conseguirem alavancar suas vendas no período natalino. A pesquisa apontou que os produtos mais procurados serão vestuário, respondido por 54,48% dos entrevistados, seguidos por brinquedos (17,56%), calçados (12,19%), eletrodomésticos/eletroeletrônicos e perfumes (com 10,04% cada).
Estes presentes serão direcionados, sobretudo, aos filhos, item respondido por 34,41% dos entrevistados. Em seguida aparecem os cônjuges (27,96%) e as mães (27,60%). As pessoas que desejam realizar compras pessoais atende por 26,88% do total.
Estimativa de gastos e formas de pagamento
O gasto médio com as compras de Natal desse ano é estimado em R$208,69, superior em 4,55% ao registrado no mesmo período do ano passado. A maior parte dos entrevistados manifestou desejo de comprar presente com valores entre R$101 e R$250 (32,97%), seguidos pelos que pretendem gastar até R$100 (29,75%) e os que pretendem gastar de R$ 251 a R$ 350 (16,13%). Os entrevistados que pretendem comprar presentes com valores acima de R$800 representam 8,96% dos respondentes.
Quanto à forma de pagamento das compras, a maior parte dos respondentes informou que pretende comprar à vista (51,97%). Destes, 49,66% pretende utilizar o Pix, 37,24% dinheiro em espécie e 13,10% débito em conta. Vale destacar que essas modalidades de pagamento estão diretamente ligadas ao grau de desconto oferecido na hora da compra pelos empresários. Já dos que manifestaram a intenção de comprar a prazo (48,03%), todos citaram o cartão de crédito como a modalidade de pagamento preferida, sendo que, destes, 86,57% pretendem parcelar suas compras e 13,43% planejam comprar em parcela única.
Período e local das compras
No que diz respeito ao período escolhido para realizar as compras, a maior parte deve acontecer no mês de dezembro, sendo 41,94% no início de dezembro e 22,22% na semana do Natal, na esperança do aumento de ofertas e preços mais acessíveis. Já um percentual de 27,24% de entrevistados antecipou as compras natalinas aproveitando os descontos na Black Friday. Uma parcela de 1,08% de respondentes afirmou que vão deixar as compras de final de ano para janeiro, quando normalmente as lojas oferecem promoções.
Os shoppings centers continuam sendo os locais preferidos para as compras, escolhidos por 58,06% dos entrevistados. Em seguida aparecem as lojas no centro (25,45%). Neste ano, o comércio online deve responder por 20,07% das vendas. Os preços dos produtos aparecem como principal motivo para a escolha do local de compras, com 68,82% das citações, seguidos pela qualidade dos produtos (24,01%), o conforto no local de compra (18,64%) e a variedade de produtos ofertados nos estabelecimentos (13,26%).
Perfil, situação financeira e destino do 13º
A maioria dos entrevistados são do sexo feminino (52,48%), solteiros (48,23%), com idades acima de 51 anos (22,70%), renda predominantemente entre um e dois salários mínimos (34,99%), e com ensino médio completo (40,43%). Em relação à ocupação, os funcionários de empresas privadas lideraram a pesquisa, com 46,10% dos respondentes.
Do total de respondentes, 52,48% informou que a sua situação financeira permanece a mesma que tinham em igual período 2022. Um grupo de 28,84% de respondentes afirmou estar com situação financeira melhor, justificada por eles pelo aumento na renda (66,39%), quitação de dívidas (22,13%), a volta ao mercado de trabalho formal e o aumento nas vendas, ambos com 8,20% do total das respostas. Em sentido oposto, 18,68% afirmaram estar com os rendimentos menores este ano, devido a situação financeira difícil com orçamentos apertado (44,30%), possuir dividas (41,77%) e desemprego (20,25%).
Foi perguntado também aos respondentes qual seria o destino que estes iam dar ao décimo terceiro salário este ano. A maioria (38,99%) pretende direcionar o valor para compras, seguidos por 34,66% que desejam poupar este dinheiro. Um percentual de 32,49% dos respondentes afirmou que vão aproveitar o décimo terceiro salário para quitarem suas dívidas.
Metodologia
As entrevistas foram realizadas no período de 13 a 21 de novembro de 2023 com uma amostra de 423 entrevistas, sendo os consumidores selecionados de forma aleatória nos principais pontos do comércio varejista da Região Metropolitana de João Pessoa onde ocorrem os maiores fluxos de vendas. Os entrevistados residem na Região Metropolitana de João Pessoa e tem idade igual ou superior a dezoito anos. A sondagem baseou-se em questionários estruturados, constituídos em sua maior parte por questões fechadas, sendo que algumas delas permitiam mais de uma alternativa como resposta, situação na qual as somas dos percentuais das respostas ultrapassam os cem por cento. Para que o trabalho apresentasse resultado satisfatório foi calculado um erro amostral de 4,77% e um nível de confiança de 95%.
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