O Município de Campina Grande recebeu nesta semana a certificação do Selo UNICEF, uma iniciativa do Fundo das Nações Unidades para a Infância voltada para realização e garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes no Semiárido Brasileiro e na Amazônia Legal.
A Rainha da Borborema atingiu todas as metas na área da saúde, graças a estratégias como o aumento da imunização, a realização de cursos e estabelecimento de fluxos da Saúde Mental, bem como a implantação de serviço psicossocial para o público infanto-juvenil, além de ações educativas como fóruns e cursos na área de vacinação, a adesão ao programa Busca Ativa Vacinal (BAV) e a implantação do Centro de Proteção e Atendimento Integrado à Criança e ao Adolescente (CPAI).
Outras ações educativas se somam como curso de boas práticas sobre lavar as mãos, por exemplo, atividades desenvolvidas pelo Programa Saúde na Escola (PSE), além das metas das áreas de Educação e Assistência Social e a realização da Semana do Bebê. “Estamos muito satisfeitos por alcançar essa conquista, que demonstra uma atividade multidisciplinar entre as secretarias”, disse o secretário de Saúde de Campina Grande, Carlos Dunga Júnior.
Vacinação – A ampliação da cobertura vacinal foi o principal indicador da área de saúde para a conquista do selo. A vacina BCG, aplicada ao nascer, chegou a 79,20%, a DTP, para menores de 1 ano, atingiu 79,17%. A poliomielite injetável chegou a 79,49% das crianças na faixa etária adequada; a hepatite B em menores de 30 dias de vida atingiu 78,81% do público; a pneumocócica foi aplicada em 81% das crianças; a rotavírus em 80,71% e a pentavalente em 79,17%. A meningocócica C teve marca de 95,29%; a tríplice viral 71,62% e a Hepatite A infantil alcançou 69,05%.
Para atingir esses números, a Secretaria Municipal de Saúde realizou dias D de multivacinação, ações nas creches e escolas, aderiu à Busca Ativa Vacinal do UNICEF, lançou o carro da vacina, realizou o primeiro fórum de vacinação na cidade, cursos, entre outras ações.
Saúde Mental – No tocante à saúde mental, a cidade abriu um novo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para crianças e adolescentes de 0 a 15 anos, o Capsinho Intervenção Precoce II. Também foi criada a primeira Clínica Escola do Autismo do Norte/Nordeste, a AFETO. A cidade já conta com outros dois Caps Infanto-Juvenis. A metodologia do Selo UNICEF também prevê criação de fluxo e cursos na área de saúde mental, que foram realizados pelo município de Campina Grande.
Proteção – Outro equipamento importante foi o CPAI, que fica no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA). O CPAI foi concebido para concentrar em um só espaço todos os serviços necessários para a proteção, o tratamento e a investigação em casos de violência física ou psicológica do público infanto-juvenil, visto que o distanciamento entre os órgãos dificultava a procura por parte da vítima ou da família de todos os processos necessários na rede de proteção.
No CPAI estão os serviços de atendimento em saúde, psicologia, assistência social, proteção policial, investigação e de medicina legal. O Centro foi desenvolvido em parceria com o Ministério Público da Paraíba, por meio das promotorias da Infância e da Juventude e da Saúde, do Tribunal de Justiça, através da Vara da Infância e da Juventude, com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
O serviço atende não somente crianças e adolescentes do Hospital da Criança e do Adolescente, mas qualquer pessoa do público infanto-juvenil que foi vítima de violência física ou psicológica. Também são atendidas crianças encaminhadas pelos Conselhos Tutelares. O centro está dentro da política da Vigilância de Violências e Acidentes (Viva).
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